Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciaram uma greve por tempo indeterminado nesta terça-feira, 16. As principais reivindicações incluem a recomposição das perdas salariais, valorização profissional e melhores condições de trabalho. A paralisação foi decidida durante uma plenária nacional da Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), realizada no último sábado, 13 de maio.
A Fenasps havia notificado o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos sobre a possibilidade da greve, e uma nova rodada de negociações foi agendada para a mesma data do início da paralisação. No entanto, a entidade alegou que as propostas do governo apresentaram poucos avanços e criticou a extensão da carreira de 17 para 20 níveis e a criação de uma nova gratificação de atividade.
Entre as demandas da Fenasps estão a recomposição das perdas salariais superiores a 53%, reestruturação das carreiras, cumprimento do acordo de greve de 2022, reconhecimento da carreira de Seguro Social como típica de Estado, ingresso de técnico de Seguro Social com nível superior, e a incorporação de gratificações. Além disso, a federação pede uma jornada de trabalho de 30 horas para todos, cumprimento das jornadas legais, revogação de normas que encerram o teletrabalho, implementação de um programa de gestão de desempenho, melhores condições de trabalho e direitos, fim do assédio moral institucional e reestruturação dos serviços previdenciários.
A entidade também aponta que o prazo para o INSS se adequar à Instrução Normativa 24 (IN24) termina no dia 31 deste mês. Essa norma transforma os atuais programas de gestão em programas de Gestão e Desempenho, o que poderá aumentar a pressão por metas, com possibilidade de desconto salarial e abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) caso as metas não sejam atingidas.
O INSS conta com 19 mil servidores ativos, dos quais 15 mil são técnicos responsáveis pela maioria dos serviços da instituição e 4 mil são analistas. Cerca de 50% dos servidores permanecem em trabalho remoto.
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